2.6.10

2085

Transportes

O Tribunal de Contas diz que as contas da Metro do Porto revelam uma situação de falência técnica.Metro do Porto perde três euros por cada cliente

Nuno Miguel Silva   
A última auditoria do Tribunal de Contas a uma empresa pública de transportes traça mais um retrato negro no sector. A Metro do Porto está em falência.
A última auditoria do Tribunal de Contas (TC), publicada ontem, traz à superfície mais uma situação de descalabro financeiro numa empresa pública de transportes - no caso, é a Metro do Porto (MP) e a realidade detectada é idêntica à de empresas como a CP, Refer, Metro de Lisboa, STCP, Carris ou Transtejo.
"A empresa encontra-se descapitalizada, numa preocupante situação deficitária, com o crescimento exacerbado da sua dívida, porque a construção do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana de Lisboa e o seu funcionamento assentam, maioritariamente, no endividamento". É este o retrato preocupante traçado pelo TC sobre a situação na Metro do Porto (MP).
O relatório do Tribunal mantém as preocupações sobre o endividamento: "Se não for contido dentro de limites razoáveis e comportáveis, empurrará a Metro do Porto para uma situação económica e financeira insustentável, podendo pôr em causa os parâmetros de qualidade com que o serviço público a seu cargo tem vindo a ser prestado e, bem assim, a eficácia da aplicação de dinheiros públicos já empreendidos neste sistema de transporte".
O endividamento das empresas é astronómico, as receitas não chegam para pagar o serviço da dívida, os prejuízos acumulam-se e os capitais próprios são negativos, fazendo entrar as empresas em situação de falência técnica. Apesar dos diversos alertas do Tribunal de Contas, a solução da tutela tarda em surgir. Confrontado com estas conclusões, o Ministério das Finanças sublinha a evolução positiva e sustentada do EBITDA (proveitos antes de impostos, taxas e desvalorizações) e da respectiva margem, assim como o crescimento progressivo do rácio de cobertura dos custos operacionais pelos proveitos operacionais.

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Leixão:
Eu acho que o mais importante aqui, não é a empresa dar prejuizo. O mais importante é não termos um Mexia a gerir a empresa, pois assim teriamos a certesa que esta daria muito lucro porque senão ele depois não levava aqueles chorudos prémios dinheiro de todos os Portugueses.
O que é 3 euros por passageiro, quando os administradores só ganham aquilo e não se demitem, porque senão teria de ser muito mais!......
Um abraço,
Um Matosinhense atento

Anónimo disse...

Com tanto parasita na administração.Não era de esperar outra coisa!
Todos os parasitas das camaras,graças a eles tudo funciona?!
Alguns nem para moço de lavoura servem...

Anónimo disse...

Admirei-me no dia 10 de Junho,não ser condecorado nenhum administrador que foram reconhecidos méritos de bons gestores, até receberam bonos pela sua incompetência.
A isto se chama Portugal moderno!!...
Vi, o pai do monstro filhos e netos todos de baixo do mesmo tecto.