1.6.10

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MÁRIO SOARES

... que a crise está a afectar duramente muitos portugueses, nas suas vidas de todos os dias. E pior: está a atingir os mais desfavorecidos, os pobres, os desempregados, os velhos, com pensões de miséria, os imigrantes marginalizados, os jovens, saídos aos milhares das universidades, que são obrigados a ir para o estrangeiro ou a aceitar empregos menores. Mas também as classes médias baixas, a chamada "pobreza envergonhada", os pequenos comerciantes, arruinados pelas "grandes superfícies", os pequenos industriais, sem sucesso.
Ao mesmo tempo, os poderosos não são tocados. A impunidade reina, no que respeita ao despesismo do Governo central, órgãos de soberania, partidos, assessores e conselheiros e tudo o que vive e prospera à custa do Estado, das regiões autónomas, das autarquias e das empresas públicas e semipúblicas. Em 2009, muitos especuladores continuaram a enviar, tranquilamente, os seus capitais a render para os "paraísos fiscais", como se sabe ninguém lhes tocou, embora sejam responsáveis, em parte, pelo agravamento da crise. Sem que houvesse qualquer intervenção dos poderes públicos. Os arguidos de crimes de especulação continuam impunes. E a ostentação das riquezas, nas grandes cidades, parece imparável, ao mesmo tempo que se pede aos restantes portugueses sacrifícios muito duros e que apertem os cintos...

2 comentários:

Anónimo disse...

Não é de admirar esta figura com as palabrinhas de sempre...Prega uma coisa e faz outra. É por isso que o PS é um partido sem rumo...
Recebe todo o lixo da politica Portuguesa,e qualquer nabo pode ter um cargo Público.
O partido socialista não passa de um urinol público, aceita todas as p...

Anónimo disse...

O Patriaca da nova geração de pseudo-democratas depois do 25 Abril.Arranjha sempre uma dialétita para tudo.Estava bom para ser o novo cardial Cerejeira.Quem tem um pouco de memória e viveu o periodo pós-25 Abril, sabe bem do que ele é capaz?
Cunhal e Sá carneiro tinham outros principios.