10.4.10

1989

Nem tudo é mau no reino do Dr. Pinto:

Câmara de Matosinhos fixa preço máximo para carros de administradores municipais

Por Aníbal Rodrigues


O executivo da Câmara de Matosinhos prepara-se para aprovar, na reunião privada da próxima terça-feira, limites máximos do valor de aquisição das viaturas dos administradores de empresas municipais e de gastos de combustível. Estas regras orientadoras na utilização de viaturas e combustível pelos membros dos conselhos de administração das empresas municipais estabelecem que "a viatura de serviço deverá ser a diesel, com cilindrada máxima de 2200cc e não poderá exceder o custo de 50.000 euros". Para além deste valor, estabalece-se um "limite máximo de 3200 litros de combustível por ano; e não é permitida a opção de compra da viatura de serviço pelo administrador".
Segundo o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, "o objectivo destas regras é tornar ainda mais transparente a utilização dos veículos para que toda a gente perceba". "Temos uma frota substancial - que neste momento tem mais de uma centena de veículos -, e há que dar a conhecer publicamente os limites", acrescentou Guilherme Pinto.
O valor máximo de aquisição de 50 mil euros daria para comprar modelos de prestígio como um Audi A6 2.0 TDIe, um Mercedes E 200 CDI ou um Volvo S80 2.0D. No entanto, Guilherme Pinto garante que os veículos a comprar para os administradores das empresas municipais serão mais modestos. Até porque o carro do presidente da Câmara de Matosinhos é um Audi A6, enquanto os vereadores circulam em Audi A4. "Não se justifica ser mais do que na câmara", analisa Guilherme Pinto.
Já quanto ao máximo de 3200 litros disponibilizado anualmente, esta quantidade equivale a cerca de 266 litros mensais. Ora, tendo em conta um consumo médio na ordem dos 7,5 litros por cada cem quilómetros percorridos, um administrador de uma empresa municipal poderá fazer até cerca de 3500 quilómetros por mês ou 42.000 quilómetros por ano. "Inspirámo-nos noutras autarquias. Isto é um limite máximo, mas normalmente fica muito abaixo", comenta o presidente da Câmara de Matosinhos. Guilherme Pinto explicou ainda que o administrador não poderá comprar a viatura quando terminar o respectivo leasing.

6 comentários:

JOSÉ MODESTO disse...

Não confundir modestos com Modesto...Acho bem que assim seja.
Em todo caso fica longe da atitude que deria ser tomada.
A título de exemplo: Porque não reduzir a actual frota e partilhar as viaturas nas deslocações que são necessárias?

Saudações Marítimas
José Modesto

Anónimo disse...

Talvez sobre alguns trocos para abater as ratazanas que exameiam ali prós lados de Perafita.

Jose Castro disse...

Ridículo.
Então a actual frota é já extensa e propõe-se a compra de novos carros? E para que administradores? Os executivos ou todos os outros?
O que à partida pode parecer benéfico acaba em mais um embuste aos cidadãos.
Que andem de burro esses Pançudos.

Anónimo disse...

O limite de 50000 euros é manifestamente exagerado. Além disso, inverte a ordem de importância dos cargos. Se os vereadores, que são eleitos directamente, apenas têm um Audi A4, os admiminatradores das Empresas Municipais, que são nomeados politicamente, e que se deveriam subordinar aos vereadores, passam a usufruír de carros mais caros e potentes. Parece que quem realmente manda naquela casa não são os que foram eleitos pelo povo mas os que foram nomeados pelos aparelho do partido.

Anónimo disse...

Eu, bem à pouco deixei um comentário no sentido docomentarista das 8,44h., mas ficou arrumado?, o porquê, só o Administ.do Blogue, poderá responder. Tinha outro conteúdo na prosa, mas significava a mesma coisa.É que a frota irá para os Vogais de Administração das Empresas Municipais. Será que vai aparecer outro acidentado, como apareceu ao "VOLVO".

leixão disse...

Peço desculpa, mas há seguramente erro.
Não recebi e não «censurei» nenhum comentário,
Faça o favor de o repetir.