Veja-se este extracto de um estudo do Dr. Eugénio Rosa e depois pensem
Em % do PIB de 2010 Milhões de euros % do PIB 2010
PIB perdido (com base no desemprego oficial) 18.767 11,2%
PIB perdido (com base no desemprego efectivo) 23.455 14,0%
IVA perdido (com base no desemprego oficial) 1.595 1,0%
IVA perdido (com base no desemprego efectivo) 1.994 1,2%
Subsidio de desemprego 2009 2.044 1,2%
Subsidio de desemprego 2010 2.209 1,3%
Salários perdidos (Desemprego oficial) 7.507 4,5%
Salários perdidos (Desemprego efectivo) 9.382 5,6%
IRS perdido (com base no desemprego oficial) 525 0,3%
IRS perdido (com base no desemprego efectivo) 657 0,4%
Contribuições para a Segurança Social perdidas (com base no
desemprego oficial) 2.609 1,6%
Contribuições para a Segurança Social perdidas (com base no
desemprego efectivo) 3.260 1,9%
FONTE: Estimativas calculadas com base na previsão do PIB 2010 constante do Relatório OE2010
Tomando como base o desemprego oficial verificado no 4º trimestre de 2009 ( 563,3 mil, e isto apesar do desemprego oficial continuar aumentar já que, segundo o Eurostat, atingiu, em Fevereiro de 2010, 10,3% o que corresponde a 575,44 mil desempregados); repetindo com base no desemprego oficial registado no 4º Trimestre de 2009 e o PIB por empregado conclui-se:
a) Que o PIB perdido em 2010 deverá atingir 18.767 milhões de euros, o que corresponde a 11,2% do PIB previsto para o ano pelo governo;
b) Que em impostos (só IVA e IRS, não se inclui nem IRC, nem ISV, nem IPSP) o Estado deverá perder, em 2010, 2.120 milhões de euros de receitas fiscais,
c) Que a Segurança Social perderá 2.609 milhões de euros de contribuições e terá de suportar despesas avaliadas em 2.209 milhões de euros só com o subsidio de desemprego ( e isto sem entrar em linha de conta com as despesas com RSI e com a Acção Social para combater a pobreza que o desemprego também gera);
d) E que os trabalhadores deixarão de auferir 7.507 milhões de euros salários, que se fossem recebidos contribuiriam para aumentar o mercado interno, o que permitiria a muitas empresas, nomeadamente PME´s, escoarem uma parte importante da sua produção que neste momento não conseguem devido à falta de poder de compra da
população.
Rui Viana Jorge
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