O Jornal de Notícias de ontem trazia (apenas na edição em papel) uma curiosa notícia, não assinada, sobre o PS de Matosinhos.
Dela ficamos a saber que o Secretariado da Comissão Política Concelhia determina e manda publicar (no JN) que:
1 - Há uma «orientação política nacional que determina a recandidatura dos presidentes de Câmara em exercício».
2 - Ele, secretariado da C.P.C. «decidiu propor à Comissão Política Concelhia que, "nos mesmos termos, sejam aceites as candidaturas dos presidentes de junta que comunguem inequivocamente do programa político do candidato" à Autarquia».
3 - Que entende o dito secretariado que só podem candidatar-se às Juntas os actuais presidentes «que tenham vindo a ter uma postura coerente com essa opção política». (supostamente a do candidato a candidato)
Ora, e salvo o devido respeito:
- Alguém se esqueceu que a competência para a escolha dos candidatos ( à presidência e aos demais lugares nas listas) é dos órgãos próprios a quem está atribuída nos estatutos, e que não há «orientação política nacional» que possa subverter essas competências.
- Ainda não há candidato à Autarquia (supõe-se que se quer dizer Câmara), cuja escolha é da competência da Comissão Política e não do respectivo secretariado, e muito menos do candidato a candidato. Pode até dar-se o caso de que haja mais do que um!
- Logo, também não há, ainda, programa político do candidato.
- O programa político do candidato «a haver» é para as políticas a executar na Câmara e não nas Juntas.
- Quem tem competência estatutária para escolher os candidatos às Juntas são as Secções e não a C. P. C., e muito menos o respectivo secretariado.
- A pretendida "fidelidade" ao ainda inexistente programa político do ainda inexistente candidato é uma charada que só se percebe por se saber quem está por traz disto, e o que quer.
Em suma, o Dr. Pinto quer que só sejam candidatos aqueles que não o criticam e se sujeitam a obedecer aos seus ditames.
Pena que o Dr. Pinto não seja dono do partido, nem dos militantes, nem mande nas suas opções, nem lhes possa impor a sua vontade.
Em tempo: ver também aqui
4 comentários:
Mas afinal a CPC de Matosinhos sempre está legal?
Não houve um Recurso para o Tribunal Administrativo no Porto e que está agora em Lisboa?
Oh Leixão, penso que seria digno de um Post esta Questão ou já está esquecida?
Caro curioso:
Desse processo nada sei.
Com a justiça que temos é possível que ainda ande a navegar pelos tribunais, e por lá ande muito tempo.
As ultimas notícias que dele tive estão aqui http://leixao.blogspot.com/2008/10/248.html#links
e aqui:
http://leixao.blogspot.com/2008/10/249.html#links
Mas...não será verdade que as eleições sendo asim foram ILEGAIS?
e o PS a nivel Nacional...já para não dizer Distrital, são uns Palhaços?
Não seria de emitir una nota à Comunicação Social Oh Leixão...faça isso que presta um Serviço Publico..penso mesmo que Houve mais na altura a Nivel NACIONAL...Vários Locais...
Que partido É ESTE?
3º Mundista?
As eleições, em si, não foram ilegais.
A impugnação judicial, se proceder, é que vai determinar a sua «anulação».
Pessoalmente tenho dúvidas que o processo ainda esteja pendente.
Se estivesse quem o interpôs não estaria tão calado.
Penso que deve ter sido julgado improcedente porque, em minha opinião, não tinha sustentação legal.
Há é uma outra questão: há quem sustente que muitos membros da comissão política nunca tomaram posse - que é um acto obrigatório - porque o seu presidente G.P. se esqueceu disso.
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