25.4.11

25 de Abril sempre...

Estive presente esta manhã numa cerimónia pública comemorativa do 25 de Abril.
Ouvi da boca de um convidado, militar de Abril, afirmações contundentes para os partidos, sobretudo para os que governaram nestes anos.
E  para os seus dirigentes, quadros, representantes e militantes.

Eram verdades como punhos.
Foi posta em causa - bem -  a seriedade, lisura, independência, dignidade e eficácia  da sua intervenção pública e política.
E atacada - também bem - a honestidade, a credibilidade, a isenção, o rigor, a capacidade dos seus dirgentes e sobretudo dos que têm ocupados cargos na governação.
Foi em suma dita a verdade: somos governados por um «gang» a quem não interessa o bem dos cidadãos; movem-se pelo interesse de se perpetuar no poder para beneficiar amigos e correligionários, de desviar os dinheiros públicos para as empresas que beneficiam e nas quais se acobertarão quando forem finalmente apeados de onde estão.

Os representantes dos partidos naquela assembleia  não reagiram.
Antes pelo contrário: aplaudiram efusivamente aquela intervenção.

Ora, se os representantes dos partidos aplaudem essas interpretações podemos sempre esperar que façam agora a revolução dentro dos seus partidos e corram com a canalha que se apodererou e quer apoderar da sua direcção e do governo do País.

O vinte e cinco de Abril está, afinal, vivo! Dentro dos partidos! 


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