PSD em Lisboa e PS no Porto lideram gastos na campanha autárquica
Márcia Galrão
As candidaturas derrotadas de Santana Lopes e Elisa Ferreira foram as que apresentaram maiores despesas. O mais poupado foi Rui Rio, autarca do Porto.
É caso para dizer que nem sempre os maiores investimentos são os que dão melhores resultados ou votos. Para o provar estão as candidaturas autárquicas de Elisa Ferreira, pelo PS, no Porto, e de Santana Lopes, numa coligação PSD/CDS, em Lisboa, que foram os mais gastadores e ainda assim acabaram derrotados nas urnas por Rui Rio e António Costa, respectivamente. Nas contas enviadas ao Tribunal Constitucional, a que o Diário Económico teve acesso, as duas estruturas contabilizaram mais de um milhão de euros de despesas nas eleições de Outubro passado.
A coligação "Lisboa com Sentido", encabeçada por Pedro Santana Lopes, registou uma despesa total de campanha de 572 mil euros, quase mais 20 mil euros do que a verba despendida pelo PS para apoiar António Costa na conquista da capital: 553 mil euros. Ao Diário Económico, António Pina Pereira, mandatário financeiro da campanha de Costa, tinha garantido que a sua estrutura até tinha ficado "abaixo do orçamento estipulado", depois do PS ter atribuído às campanhas autárquicas as culpas pelo aumento do passivo anual. O certo é que, segundo as contas que estão no TC, a campanha de Costa gastou mais mil euros do que o Orçamento.
No Porto, a campanha de Elisa Ferreira, pelo PS, gastou quase o mesmo que o seu colega em Lisboa, ficando nos 545 mil euros. Dos quatro principais candidatos nas duas autarquias mais importantes do país, Rui Rio foi o mais poupado. O autarca da Invicta, eleito pela coligação "O Porto primeiro", entre PSD e CDS, apresentou ao Tribunal Constitucional uma despesa de 317 mil euros.
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