23.4.09

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A Comissão Europeia tem, desde 1999, um projecto para incluir a economia paralela na contabilização do PIB, o que vai fazer com que actividades como a prostituição ilegal, o tráfico de droga, o jogo clandestino e o contrabando passem a contar como riqueza.
Já em 2006, quando a Grécia, com um procedimento por défices excessivos, decidiu rever as Contas Nacionais de forma a incluir várias actividades informais ou mesmo ilegais. O resultado foi um crescimento de 25% do PIB, que diluiu o défice e fez as delícias da imprensa internacional. O britânico Guardian ironizava com a situação dizendo que "O PIB grego sobe 25% com uma ajudinha das prostitutas". O Eurostat acabou por validar as contas.

Se o contrabando, o tráfico, o jogo e a prostituição contarem nas estatísticas como riqueza e resolver os problemas do défice, qual será o estado que a vai combater? Antes pelo contrário, vão dizer aos polícias para virar as costas e esperar que todos os bandidos do mundo escolham o seu país para viverem e fazerem as actividades ilegais. 
Depois desta, só falta que, de cada vez que alguém nos roubar a carteira, também isso seja considerado como uma transacção e, se o ladrão for apanhado, em vez de ser preso lhe cobrem o IVA. Só falta mesmo é legalizar a actividade criminosa. Está tudo louco?

No KAOS

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