23.8.11

do modo de vida socretino


Facturas de 6,78 ME "encontradas numa sala" do IDP

por Lusa
(ACTUALIZADA) Facturas não contabilizadas no valor de 6,78 milhões de euros foram "encontradas numa sala" do Instituto do Desporto de Portugal, revelou hoje o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, na comissão de Educação, Ciência e Cultura.
O governante disse que as facturas, emitidas desde 2004 e até este ano, vão ser enviadas para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas para apurar eventuais ilícitos criminais.
"Não é normal, compreensível ou aceitável" que situações deste género se verifiquem, disse o ministro.
Miguel Relvas adiantou ainda que foi encontrada uma verba de cerca de dois milhões de euros retida pelo Instituto do Desporto no âmbito do 'Totonegócio' e do 'Plano Mateus' e que não foi entregue ao Ministério das Finanças como estava previsto.
No total, são 687 facturas emitidas por mais de uma centena de empresas, algumas com valores superiores a um milhão de euros, esclareceram posteriormente o ministro e o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre.
"Foram descobertas por acaso. Estavam numa sala fechada", precisou Miguel Relvas, que se fez acompanhar na deslocação ao Parlamento das várias pastas em que estão as facturas. O ministro disse ter pensado, inicialmente, que se tratava de duplicações, mas confirmaria posteriormente que não.
Questionado sobre a possibilidade de se estar perante uma fraude, o ministro escusou-se a avançar com qualquer hipótese, remetendo o apuramento da situação para as autoridades judiciais, alegando que o Governo é um órgão executivo sem poderes para agir nessa matéria.
Alexandre Mestre diria depois aos jornalistas que algumas entidades que passaram as facturas têm vindo a exigir o seu pagamento, o que indica que não terão sido pagas.
Obras feitas no complexo desportivo onde se situa o estádio nacional, no Jamor (Oeiras) e despesas com limpezas e higiene são algumas das despesas a que se refere a documentação, adiantaram os dois governantes, que disseram desconhecer mais pormenores sobre a documentação.

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