23.7.11

AVISO DE ESQUERDA

A direita, não provocou a crise por incompetência, ou ser querer. Esse vem sendo o erro da esquerda. Quem rejubila de alegria, neste momento é a direita, ao ver ao fim de 37 anos a recuperação de alguns privilégios perdidos com o 25 de Abril. A direita, é reacionária, vingativa, mas não é estúpida. A transformação de um Estado social, num Estado assistêncial, está á vista, ao dobrar de mais uma esquina da vida, trazendo de volta dois grandes negócios, que são de há muito desejados; A SAÚDE e o ENSINO. A saúde parece-me desnecessá-rio, perder muito tempo para confirmar que é um dos grandes negócios do século. O ensino além de ser um bom negócio, é uma garantia de futuro, com o que irão ensinar a gerações futuras, e sobretudo com o que não irão ensinar. A raiva ao 25 de Abril, está bem patente aos olhos de todos. Um simples cravo vermelho, que é o seu símbolo, incomoda desde o Presidente da República, passando pela maioria dos Deputados, e acabando na ignorância popular que acha o cravo uma provocação dos comunistas. Nenhum destes intervenientes citados, reconhece que é ao 25 de Abril que deve o muito que conseguiu na vida. Sem isso possivelmente o sr dr. Cavaco Silva, teria sido um professor perdido no meio de milhares de outros. Enfim. Só que a luta da direita, não tem nem descanso nem intervalo. Até a corrupção, e a incompetência estão do seu lado, permitindo dizer barbaridades como; "no tempo do Salazar não havia disto". A direita vê neste momento histórico, a possi-bilidade de quebrar a espinha dorsal á Intersindical. Será que já se esqueceram desta frase dita pelo ignóbil ex Ministro Socialista Gonelha? Haverá dúvidas sobre as Ossanas cantaroladas pela direita, mal destruam os direitos laborais? E as bebedeiras de alegria, se enterrarem o S.N.S.? Isto para já não falar da destruição do ensino público, que será a cereja em cima do bolo que a direita há muito persegue. Fazem mal os que julgam um segundo que seja que por incompetência a direita não vê que Portugal não consegue nas condições actuais, pagar a sua dívida. A renegociação da dívida, se não for uma derrota para a direita, é o retardar da sua almejada victoria. Quem não vir isto, irá ficar a falar sozinho, e por muito tempo. Mas claro que tudo na vida é dialético; e isso consiste no maior problema da direita. Se dum lado a direita vai colecionando victórias, do outro os trabalhadores irão ganhando consciência de classe. Que chatisse não é professor Cavaco?

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