O PS está numa encruzilhada, imobilizado desde as eleições.
O único movimento que se nota é no sentido de forçar novas eleições para, com a intensa vitimização que vai ensaiando - que não desmerece das melhores e que o camarada Narciso não enjeitaria - tentar reconquistar a maioria absoluta.
Duvido que haja legislativas a curto prazo, pelo menos antes das presidenciais; e duvido que se houvesse, o PS sob a batuta do «eng» conseguisse alcançá-la.
Mas o PS não precisa de eleições; precisa de redefinir objectivos que correspondam à sua matriz ideológica e histórica ( ! )
A verdade é que o «eng» em maioria absoluta governou à direita, fez a política da direita.
Privilegiou o capital financeiro contra os pequenos empresários, contra os particulares, contra os pequenos aforradores (lembram-se dos certificados de aforro e do triste fim que tiveram?).
Privilegiou a indústria da construção civil, as empresas do «regime» contra os sectores que criam riqueza e emprego.
Ele e a «tralha» que o rodeia trataram dos seus interesses, dos seus negócios e dos dos seus amigos e companheiros.
Fez uma inversão - no discurso e só no discurso - após o desaire das europeias.
Tivesse conseguido agora uma maioria absoluta e estaríamos de novo, não duvido, a navegar nas mais torpes águas da política de direita, na defesa dos interesses «amigos».
Mas o PS pode e deve ser alternativa.
É maioritário, assiste-lhe o direito de governar e pode indicar o primeiro ministro que entenda.
Pode e deve governar à esquerda, fazendo alianças pontuais com os partidos à sua esquerda.
Deve dessa maneira defender os interesses e direitos da sua base sociológica, dos mais desfavorecidos e desprotegidos, dos trabalhadores, dos desempregados, das pequenas empresas comerciais e industriais nacionais.
E, por uma vez - entre outras necessidades - fazer com que os bancos as seguradoras, em suma o capital, paguem os impostos que devem pagar.
É possível, é desejável é urgente, é um imperativo nacional. E é de esquerda.
Há que correr com o «eng» e com a tralha de direita que o acompanha.
Vamos a isso.
1 comentário:
Para correr com o "eng." bastava que o PS quizesse.Congresso, e respectiva mudança.Não eram precisas eleições antecipadas.Novo Secretário Geral,e como manda o figurino(Constituição)novo Governo.
Só há aqui um prqueno problema;o PS é esmagadoramente de direita e está de acordo com esta governação
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