13.5.09

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A verdadeira questão do «caso das pressões» não é o facto de haver um procurador político, ex-secretário de estado, disposto a subverter um processo em investigação.
Não é haver um primeiro ministro capaz de ter tido procedimentos que o tornam suspeito de corrupção e ansioso por ver o dito processo arquivado.
Não é haver um ministro da justiça - com antecedentes de pressões no currículo - disposto a dar mais uma mãozinha em arquivamentos oportunos.
Não é haver uma legislação que concede ao Ministério Público poderes para arquivar processos - sobretudo os que investigam crimes públicos - sem qualquer controle além do hierárquico.
Não é o M. P. ter nesta matéria uma prática continuada de arquivamentos (arquivam-se os processos do amigo, do sobrinho, do enteado da vizinha, do filho do colega, do presidente da câmara, do directos geral, do deputado, do  ministro...)
Não é que o PS através da figura repulsiva do Dr. Canas tenha vindo mais uma vez a fazer uma triste figura.

Não!
A verdadeira questão, a questão importante, a relevante, aquela que a todos deve preocupar é outra:
Que tacho dar agora ao «camarada» Lopes da Mota?    

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