6.3.10

1887

Opinião de Paulo Morais: Regionalização, sim ou não?


Não tarda muito e o tema da regionalização voltará à agenda política. Pela mão do PS e da maioria, pois essa foi uma promessa eleitoral.



Mas também na campanha interna do PSD, os três candidatos assumem a sua vontade de regionalizar, com um deles, Passos Coelho, a propor mesmo uma revisão constitucional que permita o avanço imediato para uma região piloto.
É imperioso que o debate próximo seja esclarecedor e que os portugueses, ao votarem em referendo, saibam exactamente o que estão a decidir e qual o sistema de administração para o país, se e quando houver regionalização. Porque esta só interessará se vier acompanhada de umnovo modelo administrativo para Portugal. Que contemple menos autarquias, menos freguesias e menos municípios.
Se, além disso, com a regionalização se desmantelarem os superministérios da saúde, da educação, da segurança social – substituindo-os por estruturas regionais com muito menos gente e mais baratas – a regionalização terá valido a pena. Mas se for para manter tudo como até aqui, multiplicar pequenos Terreiros do Paço por todo o país e atribuir mais tachos, então é melhor estar quieto.
A questão é pois de semântica. Se regionalizar for sinónimo de desmantelar e substituir, venha ela. Se significar multiplicar defeitos e gastos e distribuir prebendas e lugares, então devemos rejeitá-la liminarmente.



RR

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