11.12.08

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O bom, o mau e o vilão

Estou confuso e preocupado. Pareceu-me ter ouvido um dia destes o primeiro-ministro garantir que, em virtude das baixas do preço do petróleo, da Euribor e da inflação (tudo, como se sabe, por acção do Governo) "as famílias portuguesas podem esperar ter mais rendimento disponível em 2009".

Já tínhamos começado a meter-nos, eu e a família, em despesas, quando, no Jornal da Noite da SIC, o ministro das Finanças atirou com um balde de água fria para cima da nossa nova mobília da sala de jantar (imagine-se o estado em que ficou a mobília) e das nossas férias. Que não, que 2009 vai ser um ano de "dificuldades" e que é melhor prepararmo-nos, e, logo depois, o governador do Banco de Portugal anunciou que, pensando melhor, acha que, afinal, o país está em recessão (a Lusa escreverá não-expansão). Já com as criancinhas de Ponte de Lima foi o mesmo; o primeiro-ministro ofereceu-lhes os "Magalhães" e, mal ele e as TV viraram costas, vieram os maus e tiraram-lhos. Por isso é que o primeiro-ministro tem 23% nas sondagens e o Governo só tem 20%. Viveríamos muito melhor se só o primeiro-ministro fosse à TV.

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