13.6.08

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13 de Junho de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

Festejos:
"Parece que um argumento decisivo para a vitória do Não na Irlanda foi a convicção de que dessa forma se impediria a legalização do aborto. Bloquistas e comunistas exultam com esse facto, tal como no passado se congratularam com os resultados de referendos na França e na Holanda fortemente determinados por motivações chauvinistas e racistas."

Anónimo disse...

A vitória do não da Irlanda ao Tratado de Lisboa deve-se, sem dúvida, à Igreja Católica que naquele país é fundamentalista e terrorista como se viu na longa guerra que os católicos travaram contra os anglicanos maioritários na Irlanda do Norte.
A Igreja fez uma campanha de mentiras; os padres disseram nas missas que o Tratado de Lisboa obrigava a permitir o aborto e que o divórcio se tornaria absolutamente livre e o casamento entre homossexuais e muitas outras mentiras que nada têm a ver com o Tratado ou a União Europeia.
A Igreja Católica é como as outras confissões, nomeadamente a muçulmana, muito prudente quando não tem poder ou o número de fiéis é reduzido como sucede em Portugal, Espanha e no resto da Europa continental, mas raivosa e terrorista quando tem poder.
Os países que criaram problemas à evolução da União Europeia foram os dois únicos que podem ser considerados verdadeiramente como católicos, ou seja, a Polónia e a República da Irlanda. Aí a Igreja Católica assume a sua habitual posição de ser contrária a todo o tipo de evolução. Desde Copérnico e Galileu como o Século das Luzes com Voltaire, Diderot e outros que a Igreja Católica se opõe e combate todas as inovações do espírito humano, tanto no plano político como intelectual, científico, artísticos, etc. Só séculos depois quando as inovações foram adoptadas por quase toda a gente é que a Igreja Católica vem rever a sua posição, mas é tarde e sem qualquer significado, ridicularizando-se na sua “mea culpa”.
Não interessa que hoje a Igreja Católica se pronuncie a favor da democracia quando inventou a doutrina base do fascismo nas suas Encíclicas “Rerum Novarum” e “Quadragésimo Ano” que causou milhões de mortos e o holocausto dos judeus da Europa.
A Igreja queria que o Tratado de Lisboa considerasse a Europa como uma consequência da sua raiz cristã quando isso não é verdade; os fundamentos da Europa estão na civilização etrusca, helénica e romana. A Europa é greco-latino com o acréscimo dos povos germânicos que lentamente se deixaram civilizar e os celtas que na Irlanda ainda não chegaram à mais completa civilização com as liberdades religiosas e de consciência para todos os cidadãos. Aí, os mandamentos e os princípios religiosos imperam quase como as leis corânicas em muitos países muçulmanos.
Claro, a Irlanda deve a sua independência ao catolicismo que a distinguiu do anglicanismo inglês e, como tal, tornou-se uma religião política que mostra o que pensa do Mundo e, particularmente, da pacificada União Europeia; é simplesmente contra. Esquece as duas catastróficas guerras do Século XX e as muitas guerras do passado e quando, finalmente, a Europa se une e conquista definitivamente a paz no seu centro, a Igreja Católica, onde pode, é contra e fê-lo com êxito na Irlanda e com insucesso na Polónia onde acabou por averbar uma derrota assinalável. A Igreja Católica é dirigida por um grupo de cardeais sempre muito idosos e conservadores que não toleram nada de novo nem que isso seja a paz definitiva no núcleo principal da Europa. É um tique impensado dos papas, cardeais e bispos. Quando não mandam - e nas democracias foram arredados do poder - são contra. Não toleram não serem religiões de Estado nem terem de aceitar a igualdade de todas as confissões. Não entendem o imenso valor da paz.
Em Portugal, não há conferência episcopal que não produza duras críticas aos partidos da raiz mais democrática e que não possuam no seu seio os resquícios da antiga ditadura clerical-fascista. Essas críticas são tanto mais duras quanto mais no poder estiver algum desses partidos, nomeadamente o único que exerce e exerceu o poder, o PS.
O catolicismo é cada vez mais visto como uma múmia do passado que não se conforma com o facto de lhe terem tirado o direito de queimar pessoas no mais atroz dos sofrimentos possíveis como nas fogueiras da “Santa Inquisição”.