18.4.11

sentido de estado

Pedro Silva Pereira - Alguém devia avisar o ministro da Presidência que uma equipa de técnicos do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu já anda por aí a vasculhar as contas públicas portuguesas. E que, perante este facto, não vale a pena perder tempo a propagandear grandes sucessos no controlo das finanças do Estado quando é a manifesta falta de currículo e de credibilidade na matéria um dos motivos por que Portugal precisa de ajuda externa para sair do buraco em que a incompetência e a imprudência do Governo o lançou. "Nunca tinha acontecido" uma redução da despesa de tão grande amplitude, afirmou Pedro Silva Pereira sobre os dados da execução orçamental do primeiro trimestre que, prosseguindo a táctica em vigor desde o início do ano, o Governo tem decidido revelar por episódios de acordo com as conveniências do momento, impedindo uma análise honesta da evolução das contas públicas a quem a queira fazer. Se o ministro quer utilizar os dados parciais das contas públicas para fazer campanha eleitoral, devia saber que a matéria em causa é demasiado séria para ser instrumentalizada. A divulgação dos números da execução orçamental é o cumprimento de uma obrigação de prestação de contas aos contribuintes, o que é um pouco diferente de actividades que se assemelham a colar cartazes laudatórios da obra do Governo socialista. Se Silva Pereira não entende isto, é porque vai sendo tempo de investigar qual é a diferença entre ter sentido de Estado ou ter apenas a pose. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Diz o povo e tem razão:
Quem mal anda, mal acaba...
Deixai-nos por uma vez, grandes sacanas!


Um Matosinhense atento