4.9.09

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Arrumar a casa




Tem-se argumentado muito que a «eliminação» da Manuela Moura Guedes e do seu telejornal, a ser promovida pelo «eng. de domingo» agora, seria um erro político grave que o prejudicaria nas eleições; um tiro no pé!



E daí tem-se retirado a conclusão que razoavelmente não o faria, desse modo o absolvendo de tal mal feitoria.

E se não for assim?
Se, antes pelo contrário, tudo foi friamente calculado e premeditado?

Passemos ao campo das hipóteses:
Quatro jornais da noite nas quatro semanas que vão daqui até às eleições seriam, ou poderiam ser, desastrosos para o PS.
Em cada uma das semanas cada um deles poderia trazer uma «bomba» cuja discussão se prolongaria, pelo menos, durante o fim de semana.
Abafando o impacto mediático de qualquer iniciativa ou acção de propaganda as quais, seguramente, ocorrerão com mais intensidade nos fins de semana.
É até admissível que a «bomba atómica» fosse guardada para a sexta feira anterior às eleições, dificultando reacções por se estar já em período de reflexão pré-eleitoral.

E aqui convirá esclarecer que também não estamos só, e inocentemente, em matéria de liberdade de imprensa.
A Manuela Moura Guedes não é uma ingénua política.
Não se pode esquecer que foi deputada eleita pelo CDS.
E os nossos jornalistas não são uns seres etéreos em matéria de isenção política.
(eu que tenho mais de duas dezenas de anos de experiência profissional com eles, nunca encontrei nenhum que o fosse)

Ponderadas as coisas, mais vale ao engenheiro determinar a eliminação daquele risco e correr o risco da suspeição de o ter feito.
Aguenta o dia de hoje, e já pôs os seus cães a ladrar à caravana que passa(simplexes, jugulares, câmaras corporativas e tutti quantti...)
Ainda hoje lança uma manobra mediática alternativa e uma campanha de diversão.
Mantém o ritmo durante o fim de semana.
Segunda-feira já ninguém fala do caso.
Ninguém tem mais capacidade de esquecer um facto de que os nossos jornalistas, se lhes atirarem mais dois ou três «ossos» mediáticos novos.
No dia das eleições a Manuela Moura Guedes e o seu telejornal passaram definitivamente à história e já ninguém se lembra sequer que existiram.

E o «eng» ganhou mais esta batalha mediática, matéria em que ele e os seus assessores são os melhores.

Portanto, resumindo e concluindo, não tenho nenhuma dúvida de o apagamento do jornal da noite é uma manobra da iniciativa - fria e calculada - da central de estratégia do PS.
E vitoriosa!
(com ponto de exclamação e tudo, apesar do Senhor Palomar)

4 comentários:

Anónimo disse...

Para quem foi jornalista duas dezenas de anos, cuidado com os ACESSORES

leixão disse...

É, de facto, indesculpával.
Contudo,
Não disse que fui, e não fui jornalista.
Disse que trabalhei com eles, o que é diferente.

Anónimo disse...

Sr. Leixão, espero que pelo menos o sr., vá continuando a divulgar, ou melhor! vá falando deste e doutros pontos em que desmascare o sr. "eng."
Um abraço
Eleitor atento

TRAMPOLINEIRO disse...

Perfietamente de acordo consigo. O PS é o grande - duplamente - beneficiado. Ganha, pelo que disse. Elimina um jornal incomodo que lhe trarai inumeres dores de cabeça. Não penso, como o maioria, na ingenuidade do SOCRATES. Muito menso que, perante tantos, pelo menos num, não esteja implicado.
Nao seria normal que o home sentindo-se atingido na sua honra e dingnidade processasse em tribunal -e não na praça publica - a estação e a jornalista. Passados tantos meses , que conste, ainda não o fez.
E beneficia porque pode colocar-se no papel de vitima. Que ele tão bem sabe desempenhaer. E o povo português aprecia.
Discordo em absoluto, das opiniões publicadas que este facto prejudica o PS. Nada disso.
Se há coisas que esta execrável criatura sabe fazer é manipular e condicionar a opinião publica. Ele ainda hoje, anuncia coisa e milhões que já sise «milhentas» vezes por Portugal inteiro. E a docil , ou vendida???? comunicação social «come» tudo. Como se tudo fosse uma novidade.
Espero que o OLouça - o unico que o põe na ordem, o descompõe e enerva. Que denuncie e peça explicações pelos anuncios recentes nas escolas e hospitais em que, terminando a cerimonia, os computadores e as camas foram retiradas.
Que credito merece este homem??? É, em bom português, um «trampolineiro»!!!!